Tenho que confessar que dos livros que li da autora até ao momento, este não foi o meu favorito.
A história assenta em pilares fortes para desenvolver: ensino de forma conservadora, homossexualidade, discriminação, "buylling", tudo temas que dariam uma boa história.
Mas os constantes "saltos" entre o passado e o presente e as longas narrativas fazem com o que o livro se torne muitas das vezes confuso e maçador.
Na minha opinião não é a melhor escolha para quem queira ler Joanne Harris.
O colégio de St. Oswald é antigo e cheio de tradição.
Mas nos seus imponentes salões e longos corredores, sopram agora ventos
de mudança. A vaga de modernidade parece imparável e inclui a admissão
de raparigas, novas tecnologias, uma possível "fusão" com um colégio
feminino, e até um novo diretor. É por esse motivo que Roy Straitley, o
excêntrico professor de Latim, decide adiar a sua reforma. Há mais de
trinta anos que Straitley dá aulas em St. Oswald, onde ele próprio
estudou.
Para ele, a escola é o seu lar e a sua vida. Enquanto
faz os possíveis para manter a tradição, o professor descobre que o novo
diretor é nada menos que um ex-aluno seu, um rapaz cuja memória nunca
deixou de o atormentar. E que representa agora uma ameaça que apenas
Straitley consegue antever. Pois o novo diretor é admirado por todos.
Mas por entre o pó de giz que cintila sob o sol de outono e o ranger das
tábuas do soalho ancestral, há sombras que se agitam… e alguém que
aguarda o momento certo para ajustar contas com o passado.
Uma história única de obsessão, vingança, devoção e amor.
Notas sobre a autora:
Escritora franco-inglesa, Joanne Michèle Sylvie Harris nasceu a 3 de
Julho de 1964, em Yorkshire. Filha de pai inglês e mãe francesa, ambos
professores, cresceu sentindo-se deslocada por força do seu bilinguismo,
num meio adverso ao cosmopolitismo. Refugiou-se portanto na leitura,
que povoou a sua fantasia de amigos imaginários, sobretudo nos primeiros
dez anos da sua vida.
Estudou no Wakesfield Girl's High e no Barnsley Sixth Form College.
Passou grande parte da sua adolescência a escrever, imitando os seus
autores favoritos, à procura do seu próprio estilo. Ao terminar o ensino
secundário, ingressou no St. Catherine's College de Cambridge, onde se
diplomou em Línguas e Literaturas Medievais e Modernas, Variante de
Estudos Franceses e Alemães. Neste período envolveu-se em algumas
actividades extra-curriculares, como a prática do Ju-Jitsu e a música,
chegando a actuar em vários bares de Cambridge com o seu baixo.
Antes de responder à vocação familiar do ensino, passou por uma breve
fase em que trabalhou como guarda-livros e como música. Começou depois a
ensinar Francês na Leeds Grammar School e, mais tarde, Literatura
Francesa na Universidade de Sheffield.
Em 1989 publicou o seu primeiro romance, The Evil Seed, a que se seguiu
Sleep Pale Sister (1993). Ambas as obras passaram despercebidas pela
crítica, nunca chegando a ser reeditadas. No entanto, dez anos após o
aparecimento do seu primeiro trabalho, surgiu com Chocolat (1999). A
obra, que constituiu um sucesso de vendas imediato, foi nomeada para um
Prémio Whitbread. Situado num lugar exótico no vale do Loire, em França,
o romance contava a história de uma jovem viúva que chega a uma aldeia
oprimida e decide abrir uma lojas de chocolates, que usa para adoçar a
amargura da população. Foi adaptado para o cinema pelo realizador Lasse
Hallström, contando com a presença de Juliette Binoche no papel
principal.
No ano de 2001 apareceu Five Quarters Of The Orange (Cinco Quartos de
Laranja), a que seguiram Blackberry Wine (2001), The French Kitchen, A
Cookbook (2002), Coastliners (2002, A Praia Roubada) e Holy Fools
(2003).