Acho que nunca tinha lido um livro desta autora que me provocasse emoções tão fortes como este... a história dos prisioneiros de guerra, as descrições atrozes das torturas que passavam nos campos de concentração, a maneira tão viva como tudo está descrito faz-nos sentir arrepios e pensar na sorte que temos em viver na época em que vivemos.
No final do livro dá-me a sensação que fica "qualquer coisa em falta", a história parece que tem um remate brusco e repentino, podiam ter sido desenvolvidos mais pormenores para "adocicar" o apetite.
De qualquer forma, embora o início do livro não pareça muito interessante, é uma história muito bonita, contada a Sage pela sua avó.
Sage Singer é padeira de profissão. Trabalha de noite, a preparar o pão e
os bolos para o dia seguinte, tentando fugir a uma realidade de
solidão, a más memórias e à sombra da morte da mãe. Quando Josef Weber,
um velhote que faz parte do grupo de apoio de Sage, começa a passar pela
padaria, os dois forjam uma amizade improvável. Apesar das diferenças,
veem um no outro as cicatrizes que mais ninguém consegue ver.
Tudo
muda no dia em que Josef confessa um segredo vergonhoso há muito
escondido e pede a Sage um favor extraordinário. Se ela disser que sim,
irá enfrentar não só as repercussões morais do seu ato, como também
potenciais repercussões legais. Agora que a integridade do amigo mais
chegado que alguma vez teve está envolta numa névoa, Sage começa a
questionar os seus pressupostos e as expectativas em torno da sua vida e
da sua família. Um romance profundamente honesto, em que Jodi Picoult
explora graciosamente até onde podemos ir para impedir que o passado
dite o nosso futuro.
Notas sobre a autora:
Jodi Picoult nasceu e cresceu em Long Island. Estudou Inglês e escrita
criativa na Universidade de Princeton e publicou dois contos na revista
Seventeen enquanto ainda era estudante. O seu espírito realista e a
necessidade de pagar a renda levaram Jodi Picoult a ter uma série de
empregos diferentes depois de se formar: trabalhou numa correctora, foi
copywriter numa agência de publicidade, trabalhou numa editora e foi
professora de inglês. Aos 38 anos é autora de onze best sellers e em
2003 foi galardoada com o New England Bookseller Award for Fiction.