Não sou leitora muito assídua de autores espanhóis, mas confesso que este me ficou debaixo de olho e lamentavelmente não existem mais livros publicados no nosso país, o que é uma pena, pois dá para perceber claramente que a história tem continuação, e a ver pela maneira como terminou este livro, garanto que a sequela deve ser espectacularmente viciante.
Confesso que as primeiras 50 páginas do livro não me prenderam muito, entraram muitas personagens ao mesmo tempo e houve alturas em que cheguei a andar baralhada.
Mas depois de se entrar no enredo e de lhe tomar o gosto não se consegue largar o livro até descobrir tudo o que temos para descobrir, sendo que o autor conseguiu dar um final à história surpreendente e emocionante.
O inspetor Héctor Salgado está afastado do serviço há semanas quando lhe
atribuem, extra-oficialmente, um caso delicado - o aparente suicídio de
um jovem de boas famílias. À medida que Salgado penetra num mundo de
privilégios e de abusos de poder, o caso, aparentemente simples,
complica-se de forma inesperada, e o inspetor terá de enfrentar não só
esse mundo mas também o seu passado mais obscuro, que, no pior momento,
volta para ajustar contas. Os sonhos, o trabalho, a família, a justiça e
os ideais têm um preço muito alto, mas há sempre quem esteja disposto a
pagá-lo.
Notas sobre o autor:
Antonio Hill (Barcelona, 1966) é licenciado em Psicologia e há mais de
dez anos que se dedica à tradução literária e à colaboração editorial
em diversas áreas. Entre os autores que já traduziu encontram-se
David Sedaris, Jonathan Safran Foer, Glenway Wescott, Rosie Alison,
Peter May, Rabbih Alameddine e A. L. Kennedy. O Verão Dos
Brinquedos Mortos é o seu primeiro romance, e os respetivos direitos
foram já vendidos para 11 países.