O segundo volume da saga da família Dollanganger ainda consegue ser mais envolvente e misterioso que o primeiro.
À medida que as Cathy e Chris vão crescendo e despertando para a vida, vão-se cruzando com novas personagens que vêm dar mais ênfase à história e nos faz ficar cada vez mais agarrados à leitura.
Desde o médico Paul ao bailarino Julian, passando pela doce Henny, todas nos deixam com a sensação que fazemos parte da família e que estamos de facto a viver os dramas e alegrias dos adolescentes Dollanganger.
Está a saber-me muito bem ter ido buscar esta saga ao fundo do baú e garanto que não vou esperar muito para ler o 3º volume.
Eram crianças tão valentes para suportarem tanto sofrimento. Crianças tão espertas para escaparem a tamanho terror!
Para Carrie, Chris e Cathy, o sótão era um horror sombrio que jamais lhes saia da cabeça, mesmo enquanto eles construíam vidas novas e promissoras. Naturalmente, a mãe tinha que fingir que eles não existiam. E a avó estava convencida de que eles traziam o demônio dentro de si. Mas a culpa não era deles, Era? Cathy sabia o que fazer. Agora, tinha os poderes que aprendera da linda mãe. Sabia-o pelo modo como o irmão ainda a desejava, pela maneira como o tutor a tocava, pelo jeito como todos os homens a olhavam.
Ela sabia que chegara a ocasião de colocar em prática seu conhecimento. De mostrar à mãe e à avó que o sofrimento e terror no sótão não podiam ser esquecidos… Mostrar a elas - de uma vez por todas.
Notas sobre a autora:
V.C. Andrews, Cleo Virginia Andrews, (06/06/1923-19/12/1986) era pintora profissional até se dedicar à escrita a tempo inteiro.
Os seus romances combinam horror gótico e saga familiar, girando em torno de segredos de família e amor proibido (envolvendo frequentemente temas de incesto consensual, na maioria das vezes entre irmãos.
O mais conhecido é Herdeiros do Ódio (1979), que celebra agora o seu 35º aniversário. Os livros de V. C. Andrews venderam mais de 105 milhões de exemplares em 22 línguas.