Jodi Picoult é uma autora que nunca me decepciona, pois consegue agarrar-me com a sua escrita fácil e histórias comuns, que podiam acontecer a qualquer um de nós.
Muito interessante a abordagem que o livro faz sobre a doença Osteogénese Imperfeita, dando explicações simples e fáceis de entender sobre a doença e as complicações que acarreta ao longo da vida.
Mais interessante ainda o facto de ter conseguido criar uma história tão bonita e comovente em torno da família que tem uma filha a padecer desta doença, o desgaste psicológico e emocional que isso traz a cada membro da família, o facto de ter processado a obstetra que acompanhou a gravidez, etc... ninguém tem o direito de julgar ninguém, e acredito que não deve ser fácil para uma mãe saber que tem um filho portador de uma doença incurável e degenerativa, mas mais difícil deve ser ainda ter que expôr o seu caso em tribunal, tendo que assumir que se tivesse sabido antes provavelmente interromperia a gravidez.
Sentimentos que se contradizem no seio de uma família: por um lado a forte convicção católica contra o aborto, por outro o amor de mãe que não quer ver os filhos sofrer.
Um livro que nos faz para para pensar.... uma boa leitura para o Verão.
Willow, a linda, muito desejada e adorada filha de Charlotte O’Keefe, nasceu com
osteogénese imperfeita - uma forma grave de fragilidade óssea. Se escorregar e cair
pode partir as duas pernas, e passar seis meses enfiada num colete de gesso. Depois de
vários anos a tratar de Willow, a família enfrenta graves problemas financeiros. É então
que é sugerida a Charlotte uma solução. Ela pode processar a obstetra por negligência -
por não ter diagnosticado a doença de Willow numa fase inicial da gravidez, quando ainda
fosse possível abortar. A indemnização poderia assegurar o futuro de Willow. Mas isso
implica que Charlotte tem de processar a sua melhor amiga. E declarar perante o tribunal
que preferia que Willow não tivesse nascido...
Notas sobre a autora:
Jodi Picoult nasceu e cresceu em Long Island. Estudou Inglês e escrita
criativa na Universidade de Princeton e publicou dois contos na revista
Seventeen enquanto ainda era estudante. O seu espírito realista e a
necessidade de pagar a renda levaram Jodi Picoult a ter uma série de
empregos diferentes depois de se formar: trabalhou numa correctora, foi
copywriter numa agência de publicidade, trabalhou numa editora e foi
professora de inglês. Aos 38 anos é autora de onze best sellers e em
2003 foi galardoada com o New England Bookseller Award for Fiction.