Tenho que confessar que no início não estava a gostar muito do livro, pelo simples facto da acção se passar "ao contrário", ou seja, começou pelo final e a cada capítulo ia recuando uma hora no tempo, o que se tornou algo confuso e pouco coerente nos dois primeiros capítulos.
Mas depois tomei o gosto pela leitura e foi com grande gosto que levei o livro até ao final, sendo que uma vez mais Jodi Picoult conseguiu com a sua escrita abordar temas polémicos e controversos,
Um livro que deve ser lido por todas as mulheres...
Um dia quente de outono começa como qualquer outro no Centro - uma clínica que presta cuidados de saúde reprodutiva a mulheres. Como habitualmente, os seus funcionários acolhem as pacientes que ali se encontram para aconselhamento e tratamentos. de repente, pelo final da manhã, um homem armado entra nas instalações e começa a disparar, causando feridos e fazendo reféns.
O agente de polícia Hugh McElroy, especialista em negociar a libertação de reféns, estabelece um perímetro de segurança e traça um plano para comunicar com o atirador. ao olhar sub-repticiamente para as mensagens recebidas no seu telemóvel, apercebe-se, horrorizado, de que Wren, a sua filha de apenas quinze anos, se encontra no interior da clínica.
Wren não está só. Ela vai partilhar as horas seguintes, sob um clima de grande tensão, com outras pessoas : uma enfermeira em pânico, que tem de se autocontrolar para salvar a vida de uma mulher ferida; um médico que põe a sua fé à prova como nunca antes acontecera; uma ativista pró -vida, que se tinha feito passar por paciente e é agora vítima da mesma raiva que ela própria sentia; uma jovem que quer abortar. e o próprio atirador, completamente transtornado, a querer ser ouvido.
Uma narrativa que equaciona a complexa temática dos direitos das mulheres grávidas e dos direitos dos seres que elas estão a gerar, além de refletir sobre o significado de ser boa mãe e bom pai.
Um romance desafiador, absorvente e apaixonante.
Notas sobre a autora:
Jodi Picoult nasceu e cresceu em Long Island. Estudou Inglês e Escrita Criativa na Universidade de Princeton e publicou dois contos na revista Seventeen enquanto ainda era estudante. O seu espírito realista e a necessidade de pagar a renda levaram-na a ter uma série de empregos diferentes depois de se formar: trabalhou numa corretora e numa editora, foi copywriter numa agência de publicidade e foi professora de inglês. Em 2003, foi galardoada com o New England Bookseller Award for Fiction e a esta consagração muitas outras se seguiram. Com mais de catorze milhões de exemplares vendidos, está traduzida em 34 idiomas.