A parte do enredo e o "toque" policial da história seria mais bem conseguido se o autor não tivesse recorrido a tantas personagens secundárias, que foram completamente desnecessárias e por vezes tornaram a leitura algo confusa.
De qualquer forma foi um livro bastante agradável e interessante de se ler.
Depois de nos demonstrar que a ética não existe no
mundo da alta finança, este livro leva-nos a questionar a sua existência no
mundo da medicina. Dois homens que não se conhecem vivem em mundos opostos. O
primeiro é o genial médico hipnotizador, Stefan Bergman, e o segundo é um homem
de personalidade versátil, um banqueiro de investimentos sem qualquer espécie
de escrúpulos, Thomas Lindner. O destino trama para que os dois se cruzem, um
no caminho do outro. Durante uma noite Stefan Bergmann é chamado para acorrer a
uma urgência. Não imagina como o encontro que se vai seguir lhe vai afectar a
vida para sempre. No início os dois homens sentem um fascínio mútuo que se
transforma, rapidamente, em intriga e ódio quando Bergmann se dá conta, tarde
de mais, que foi agarrado pelos longos e perigosos tentáculos do mal.
Romancista alemão, Heinz Günter Konsalik nasceu a 28 de Maio de 1921, na cidade de Colónia. Filho único do director de uma companhia de seguros, começou desde muito cedo a escrever, preenchendo já aos dez anos de idade os seus cadernos escolares com romances de aventuras do faroeste, e aos quinze passou a publicar contos em publicações periódicas locais.
Após ter concluído o ensino secundário, ingressou no curso de medicina da Universidade de Colónia e, depois da obtenção do seu diploma, seguiu Dramaturgia em Munique e Literaturas Germânicas na Universidade de Viena.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Konsalik serviu no exército alemão com uma patente de oficial, encarregado de formular relatórios. Destacado para a França e para a Frente Leste, foi ferido com gravidade algures no território soviético, vendo todo o seu trabalho recente ser confiscado pelas autoridades inimigas.
Finda a guerra, Konsalik regressou à Alemanha, onde começou a exercer as funções de editor do departamento de teatro na "Liberator-Verlag". Em 1951 foi nomeado redactor-chefe da publicação "Lustigen Illustrierten" e, a partir do ano seguinte, passou a trabalhar como escritor independente.
Em 1956 publicou o seu primeiro grande romance de sucesso, com o título "Der Arzt Von Stalingrad". Baseando-se nas experiências de guerra do próprio autor, a obra obteve um volume de vendas considerável, estebelecendo-o definitivamente como romancista. Escritor prolífico, Konsalik escreveu em toda a sua vida mais de uma centena e meia de livros, alguns dos quais mereceram tradução em cerca de quarenta e dois idiomas, e dos quais se podem destacar, a título de exemplo, "Liebesnächte in der Taiga" (1966), "Frauenbataillon" (1981) e "Hipnosearzt" (1999).
Sofrendo de diabetes crónico, o autor faleceu a 2 de Outubro de 1999, em Salzburgo.