Estou um pouco dividida quanto à opinião a dar sobre este livro. Gosto bastante de histórias policiais e intrigante, mas esta poderia ter sido muito melhor, na minha modesta opinião.
Os ingredientes estão todos lá: boas personagens, história interessante, cenários adequados... mas às tantas sente-se que a história é invadida por longos momentos de narrativa e por personagens que teriam passado bem sem entrar na trama.
Por outro lado há outras personagens que deveriam ter tido muito mais destaque e atenção por parte do autor, como é o caso de Bubba, que torna muito divertidos todos os momentos em que intervém na história.
Houve partes que me comoveram, principalmente por abordarem uma criança pequena que é pura e simplesmente ignorada pela própria mãe.
No geral o livro não me seduziu muito e pelo facto tenho que lhe atribuir uma pontuação média.
Os detectives privados
de Boston, Patrick Kenzie e Angela Gennaro, são contratados para tentar
encontrar Amanda McCready, uma menina de quatro anos, raptada da sua
própria casa, sem deixar rasto.
Apesar da vasta cobertura mediática,
e da ajuda dos populares chocados com o acontecimento, a investigação
policial nada consegue descobrir. Para Kenzie e Gennaro, o caso vai
revelando contornos mais complexos do que aparentava ao início: a
indiferença da mãe de Amanda, um casal com um historial de pedofilia e
uma força policial com intenções muito duvidosas. Enquanto o tempo vai
passando, Amanda permanece desaparecida, tão esquecida ao ponto de
parecer de que nunca chegou a existir.
Quando uma segunda criança
desaparece, Kenzie e Gennaro deparam-se com mais dificuldades: uma
imprensa mais preocupada em tornar o caso dos raptos num espectáculo
mediático sensacionalista, em vez de tentar ajudar a resolvê-lo,
resistências por parte da polícia local e poderes ocultos que de tudo
fazem para obstruir os seus esforços.
Apanhados numa complexa rede
de mentiras, e determinados em desvendar este mistério, Kenzie e Gennaro
cedo percebem de que todos os que se aproximam da verdade não regressam
com vida…
Por captar as vozes que ecoam no interior de uma Boston
operária, Dennis Lehane é um mestre na arte de contar histórias que liga
pessoas amarguradas, emoções em farrapos e o crime brutal para criar
implacáveis e emocionantes, crus e evocativos romances de suspense.
Notas sobre o autor:
Dennis Lehane nasceu e cresceu em Dorchester, perto de Boston. Escreveu
vários romances, dos quais a Gótica publicou Um Copo Antes da Guerra, A
Caminho das Trevas, Shutter Island, Gone, Baby, Gone, Mystic River,
Prenúncio de Chuva e Terra dos Sonhos.
Mystic River foi finalista do prémio PEN/Winship e ganhou o Anthony
Award e o Barry Award para o melhor romance policial, assim como o
Massachusetts Book Award. Foi adaptado ao cinema por Clint Eastwood com
um enorme sucesso.
Também Gone, Baby, Gone foi adaptado ao cinema pela mão do actor
norte-americano, e vencedor de um Óscar da Academia, Ben Affleck,
enquanto Shutter Island chegou ao grande ecrã por Martin Scorcese, sendo
protagonizado por Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley e Max
Von Sydow.
Antes de se tornar escritor a tempo inteiro, Dennis Lehane trabalhou com
crianças mentalmente afectadas e abusadas, foi empregado de mesa e
arrumador de automóveis, guiou limusinas, trabalhou em livrarias e
carregou camiões.