O autor é óptimo a descrever tanto os cenários como as situações, consegue gerar em nós sentimentos contraditórios em relação a Alex, que num momento é vítima e noutro começa a ser "carrasco".
O inspector Camille, talvez devido à sua baixa estatura e os transtornos que isso possa acarretar, é um querido, lidando a custo com as dores do passado: a morte da mulher, da mãe, etc...
O final do livro é surpreendente mas magnífico.
Poderá ser considerado uma leitura algo violenta em algumas das passagens, mas quem gosta de um bom thriller tem aqui um livro que não deve perder de vista. É sem dúvida um dos melhores livros que li este ano.
Quem conhece verdadeiramente Alex? Ela é bela. Excitante. É por isso que a raptaram e torturaram de forma inimaginável? Quando o comandante da polícia Camille Verhœven descobre por fim o local do sequestro, Alex já tinha desaparecido. Alex, mais inteligente que o seu carrasco. Alex, que não perdoa a ninguém, que nada esquece.
Um thriller gelado que joga com os códigos da loucura assassina, um mecanismo diabólico e imprevisível, onde nos encontramos com o enorme talento de Pierre Lemaître. Alex foi um dos romances finalistas do Grand Prix de la littérature policière 2011.
Notas sobre o autor:
Pierre Lemaître nasceu em Paris. Foi galardoado com o Prémio Le Point do Romance Policial Europeu em 2010. Os seus romances foram várias vezes premiados e estão traduzidos em treze línguas. Três deles estão a ser adaptados ao cinema: Robe de mariée, Cadres noirs e Alex.