Estive algo indecisa quanto à classificação a dar a este livro.... a história é boa, tem momentos de alta tensão, tem um bom enredo, tem bons momentos de humor - a cena do Conde na casa de banho é hilariante - mas a forma de escrita não é das mais fáceis de ser lida.
Tenho todos os livros de Luis Miguel Rocha em casa e este foi o primeiro que li... gostei, mas teria gostado mais se tivesse um estilo de escrita mais acessível, sendo essa a única razão que não o classifico com 4 estrelas, mas apenas com 3.
Mas confesso que fiquei curiosa em continuar a seguir a vida da família Silveira!
A Virgem dá-nos conta do Portugal moribundo no tempo do
Estado Novo, mais precisamente na década de trinta. Um país
suspenso no tempo, deslumbrado com o estrangeiro, pobre em
recursos e ideias. Centrado numa família privilegiada, outras
famílias se lhe juntam. Assistimos aos seus ódios, amores, perdas
e cumplicidades num enredo em que o trágico e o absurdo se
cruzam. Numa intriga cheia de humor, através do olhar lúcido do
narrador, são desmascaradas situações gritantes de injustiça e de
exploração em que o abuso de poder de alguns grupos
privilegiados se passeia livremente por um país sonâmbulo e
decadente com a cumplicidade silenciosa da Igreja.
Notas sobre o autor:
Luís Miguel Rocha nasceu em 1976 na cidade do Porto, onde mora depois de
ter residido dois anos em Londres. Foi repórter de imagem, tradutor e
guionista. Atualmente, dedica-se em exclusivo à escrita.
A Filha do Papa é o seu sexto livro, depois de Um País Encantado (2005), O Último Papa (2006), Bala Santa (2007), A Virgem (2009) e A Mentira Sagrada (2011).
As suas obras estão publicadas em mais de 30 países e foi o primeiro autor português a entrar para o top do The New York Times. O Último Papa, bestseller internacional, vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo.