A minha opinião: não gostei muito, não é o meu tipo de livro, não me conseguiu agarrar completamente, tenha sido teimosa e o tenha lido até ao fim.
Veio-me uma frase à cabeça sobre esta história: "Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão!". É o resumo que se pode fazer do que se passa nesta história: um grupo de miúdos perdidos numa ilha, em que todos querem ser chefes, em que todos querem governar, em que a sede de poder os leva a fortes disputas entre si... e além de tudo isto, o medo! O medo do desconhecido, sentimento puramente humano, mas que os faz discutir e desconfiar uns dos outros.
Romance de tese sobre a naturalidade do mal, O Deus das Moscas é todavia uma perfeita máquina narrativa, na qual as dinâmicas incansáveis do entrecho se fundem com uma subtil e aturada análise da psicologia infantil e com uma profunda mas desolada reflexão sobre os fundamentos antropológicos da violência e ânsia de poder.
Notas sobre o autor.
William Golding nasceu em St. Columb Minor, na Cornualha, em 1911, e morreu em FAlmouth, igualmente na Cornualha, em 1993. Professor primário de tendências steinerianas, levou uma vida desregrada até ao eclodir da Segunda Guerra Mundial, na qual combateu como oficial da Marina Britânica. Após a licença, retomou o ensino e a escrita, até que o grande sucesso obtido com O Deus das Moscas lhe permitiu abandonar o ensino e retirar-se, em 1962, para o campo, na sua amada Cornualha. Em 1983, recebe o Prémio Nobel da Literatura. Após O Deus das Moscas (1954), Golding escreveu numerosos romances, entre os quais Pincher Martin (1956), Free Fall (1959), The Pyramid (1967), Darkness Visible (1979) e a trilogia constituída por Rites of Passage (1980), Close Quarters (1987) e Fire down below (1989). De destacar ainda o drama teatral The Brass Butterfly (1958).