Um livro que no início me pareceu ter uma escrita algo depressiva, especialmente nas passagens que dizem respeito à personagem principal, o detective Lawrence.
Mas afinal o livro revela-se uma agradável surpresa e vale mesmo a pena ler até ao final, pois nunca nos passaria pela cabeça que a história teria este desfecho.
Um policial interessante, sem no entanto ser muito sangrento.
Na noite de Halloween, numa pequena cidade do Midwest americano, dá-se uma tragédia. No meio dos habituais actos de vandalismo e das travessuras de adolescentes, um agente da polícia descobre provas arrepiantes daquilo que parece ser um caso de atropelamento e fuga. Mas, à medida que a investigação progride e se intensifica o interesse dos meios de comunicação social, começa a desvendar-se uma história muito mais terrível. Enquanto o presidente da Câmara e o chefe da polícia conspiram para afastar as atenções do principal suspeito - um herói desportivo local que se espera que conduza a cidade às finais do campeonato estadual -, cabe ao homem que descobriu o cadáver desmascarar a verdade que os outros pretendem encobrir.
Almas Perdidas vem confirmar Michael Collins como mestre de um género que se pode designar como policial literário, empolgante e psicologicamente intenso. É o retrato angustiante de uma cidade em declínio, dos desesperados esforços dos seus líderes para a manterem de pé e de um homem cuja solidão opressiva o força a tomar decisões surpreendentes.
Notas sobre o autor:
Michael Collins nasceu na Irlanda mas emigrou para os EUA para frequentar a universidade, e continua a viver aí. Antes de Almas Perdidas escreveu sete outras obras de ficção recebidas entusiasticamente pela crítica e pelos leitores e traduzidas em todo o mundo. Entre estas contam-se Os Guardiões da Verdade e Os Profanadores, ambas já editadas em Portugal.
Mais informações sobre o autor no site www.michaelcollinsauthor.com.